ENTENDA O QUE SÃO ECLAMPSIA E PRÉ-ECLAMPSIA

Muito importante para as mulheres grávidas, saber o que é a eclampsia e a pré-eclampsia.

Por Dra. (Revista Crescer)

Dra. ……, ginecologista e obstetra do Grupo Prenatal

A eclâmpsia pode seguir uma condição de pressão arterial elevada e excesso de proteína na urina durante a gestação (pré-eclâmpsia).

Os sintomas que indicam um risco crescente de eclampsia incluem dor no lado superior direito do abdômen, dores de cabeça intensas e alterações no estado mental e na visão.

Medicamentos podem tratar e prevenir as convulsões e reduzir a pressão arterial elevada. Pode ser necessário adiantar o parto.

A pré-eclâmpsia acontece normalmente a partir da 20ª semana de gestação

O perigo real
A pré-eclâmpsia está entre as principais causas da mortalidade materna, e vem crescendo no Brasil, mesmo diante de todo o avanço da medicina. Hoje, no país, o índice de mortalidade está em 64,5 óbitos maternos para cada 100 mil nascidos vivos – número bem acima da meta firmada com a Organização das Nações Unidas (ONU), que é de 30 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos até 2030, conforme os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. E muito disso – 20%, segundo dados do Ministério da Saúde – se deve ao grupo das doenças hipertensivas. Nele, estão incluídas a eclâmpsia (52%) e a pré-eclâmpsia (44%), praticamente com metade das mortes para cada.

Mas, afinal, o que é pré-eclâmpsia?
Você deve estar pensando “ok, já entendi que a coisa é séria e preciso me cuidar, mas então o que é exatamente essa doença e o que devo fazer?”. Vamos por partes: a pré-eclâmpsia é uma doença que pode aparecer tanto na gestação quanto no pós-parto, caracterizada por aumento da pressão arterial associado a alguma disfunção de órgãos (rim, fígado, cérebro) e presença de proteína na urina.

Se a mulher já teve pré-eclâmpsia na primeira gestação, o risco de repetir o problema diminui, se o pai for o mesmo

Acontece uma falha no momento em que a placenta penetra no útero materno, o que gera uma modificação dos vasos placentários, reação inflamatória que propicia pressão alta e outras alterações. “A causa é desconhecida, mas, provavelmente, multifatorial. Existem determinados fatores de risco para pacientes terem essa doença, como pré-eclâmpsia na gestação passada, IMC (índice de massa corporal) maior que 25, diabetes prévio à gestação, hipertensão crônica, gestação múltipla, lúpus,histórico familiar de pré-eclâmpsia, entre outros”, explica a ginecologista e obstetra Fernanda Mauro, do Grupo Perinatal (RJ).

A pré-eclâmpsia acontece normalmente a partir da 20ª semana de gestação, quando, segundo o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo Nogueira, do Hospital Sírio Libanês (SP), a placenta pode apresentar uma perda de função, juntamente com o aumento da retenção hídrica da paciente. “Tem correlação também com pacientes que exibem maior predisposição a ter trombose, nas doenças chamadas de trombofilias, como síndrome antifosfolípede, e nas mulheres com mutações que favoreçam a coagulação do sangue. O excesso de consumo de sódio também favorece o quadro”, complementa. Se a mulher já teve pré-eclâmpsia na primeira gestação, o risco de repetir o problema diminui, se o pai for o mesmo. Isso porque existe a adaptação imunológica da mãe ao DNA dele. Já se a segunda gravidez for de um novo parceiro, a chance gira em torno de 6%, como se fosse uma primeira gestação.

Deixe uma Resposta